Ô de Casa Hostel levou quatro categorias no principal prêmio do mercado de hostels. O reconhecimento foi baseado nas avaliações deixadas por mochileiros do mundo todo na plataforma Hostelworld. A unidade do Selina na Lapa, no Rio de Janeiro, também faturou uma categoria
Uma gritaria tomou conta do Ô de Casa Hostel hoje, 27 de março, quando chegou a notícia que a casinha mais animada da Vila Madalena, em São Paulo, foi eleita como melhor hostel do Brasil e da América do Sul.
No continente, eles ficaram em primeiro lugar em três categorias: “Melhor Hostel da América do Sul”, “Melhor entre os hostels médios” e “Melhor Social Hostel”, que premia os que criam um ambiente de integração entre os hóspedes único.
O Hoscars (Hostelworld Customer Annual Ratings, na sigla em inglês), é a principal premiação global do mercado de hostels e é promovida pela plataforma Hostelworld que, há 22 anos, elege os melhores hostels ao redor do mundo.
O prêmio levou em consideração as avaliações deixadas por milhares de mochileiros, durante o ano de 2023, que usaram a plataforma irlandesa para reservar suas estadias.
Crédito do vídeo: Guterres @quatropixel
Liderado pelos irmãos Marina e Pedro Moretti, o Ô de Casa foi o primeiro hostel independente da capital paulista e abriu suas portas lá em 2007. De lá pra cá, o crescimento do negócio foi constante.
Atualmente, com a última ampliação realizada no fim de 2023, que aumentou em 40% a capacidade de hospedagem, o hostel chegou à marca de 140 camas, entre quartos compartilhados e suítes privativas, além de uma piscina que fez sucesso no calorão paulistano.
“Eu tô muito feliz de verdade. Trabalhar num lugar que você gosta e fazer parte de um momento como esse é muito especial”, comemora Mariana Andrade (26), que há três meses faz parte da equipe de recepção, uma das grandes responsáveis por garantir a primeira boa impressão quando os hóspedes dos diferentes países chegam no hostel.
“Melhor forma de ser feliz é fazer os outros felizes”
Em uma conversa exclusiva com o Brasil Hostel News, a criadora do Hostel, Marina Moretti, não conseguia esconder a felicidade e até um certo alívio pelo reconhecimento, já que os últimos anos foram bem desafiadores para o mercado de turismo.
Esse é o primeiro ano, depois da pandemia, que a plataforma volta a considerar a avaliação dos viajantes para premiar hostels pelo mundo. “Depois dos prêmios de 2019 e 2020 a gente estava num crescente. Veio a pandemia para mudar o rumo de tudo e colocar a nossa própria existência em risco. Foram anos difíceis e de muito trabalho”, relata a empresária.
Em 2019, eles foram eleitos os melhores do Brasil e, em 2020, ficaram em segundo lugar entre os hostels da América do Sul. Ela fez questão de pedir para registrar que tudo isso só foi possível pela parceria com o irmão e sócio: “Coloca aí que eu amo muito ele e sem ele isso jamais seria possível”.
A hosteleira ressalta também a importância de trazer esse prêmio mais uma vez para São Paulo e colocar a cidade como um destino importante na América Latina.
“O Brasil é muito conhecido como um país de praia, ser um hostel premiado em São Paulo tem uma importância gigante para colocar a cidade cada vez mais na rota de mochileiros do mundo”, avalia.
Um outro ponto que ela faz questão de destacar é a importância desses prêmios terem sido dados pelos hóspedes, que deixaram suas avaliações e realmente viveram a experiência que eles criam todos os dias.
“A gente tem uma equipe dedicada a fazer as pessoas felizes e ver que os hóspedes percebem, e reconhecem essa dedicação de todo mundo que faz o Ô de Casa, é muito gratificante. A melhor forma de ser feliz é fazer os outros felizes, né?”, finaliza.
Comemoração juntou hóspedes e equipe
É claro que rapidamente um churrasco tipicamente brasileiro foi armado. Música, cerveja gelada e em pouco tempo, hóspedes e a equipe estavam comemorando juntos.
Um momento especial foi quando a filha Pedro Moretti chegou. Em 2019, no dia do anúncio do prêmio de melhor do Brasil, “Pedrinho” também comemorava a chegada da pequena Nina ao mundo.
Conheça os outros premiados
O Brasil também marcou presença na premiação entre os hostels extra grandes do continente sulamericano. A unidade da rede Selina que fica na Lapa, no Rio de Janeiro, ficou em primeiro dessa categoria na América do Sul.
Além desses prêmios que são baseados em avaliações a plataforma, desde o começo da pandemia, quando não era possível ter as impressões dos viajantes, criou categorias que se debruçam nos hostels que apostam em um turismo responsável e sustentável.
Na categoria “The Eco-Warrior”(O lutador ecológico, em tradução livre) o prêmio foi para o La Poderosa Reserva, de Santa Marta, na Colômbia; o “The Community Superhero” (O Super herói da Comunidade, em tradução livre), ficou com o Rio Hostel Buritaca, na mesma cidade colombiana; e o caneco como “The Culture Champion” (O Campeão da Cultura, em tradução livre) foi dado para o Hidden Garden Hostel, em Chiang Mai, na Tailândia.
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