sábado, abril 27, 2024

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Hostel perto da USP aposta em clima tranquilo, ideal para quem viaja a trabalho ou estudo

Festa o tempo todo, barulho durante o dia e gente que está só afim de curtição. Se você ainda tem a ideia de que todos os hostels são assim, e nem considera esse tipo de hospedagem quando está planejando aquela viagem para um curso, um congresso ou mesmo para um compromisso de trabalho, precisamos rever esses conceitos. Exatamente como aconteceu com a educadora física e massoterapeuta esportiva Vanessa Nunes Pinheiros, que já tinha ouvido falar sobre os hostels mas nunca tinha dado uma chance a essa experiência de compartilhamento.

Encontrei a gaúcha de 43 anos esparramada no confortável sofá do Youse Hostel, que fica no Butantã, em São Paulo. “Reservei por uma plataforma online, mas no whatsapp tive que pedir para me explicarem como funcionava essa coisa do quarto compartilhado misto”, confessa. O hostel conta com três quartos compartilhados, dois deles para nove pessoas, e um compartilhado entre 12 viajantes. Além disso, tem uma suíte privativa com cama de casal, TV e frigobar. No valor das diárias já está incluso um honesto café da manhã e todos os quartos têm ar-condicionado. 

Instalado em uma ampla casa, com direito a jardim com pés de manga e pitanga, que fazem uma sombra providencial no calor paulistano. Os hóspedes que preferem fazer sua própria comida podem usar a cozinha compartilhada bem equipada, lugar onde também rolam trocas de receitas, temperos e muitas histórias. A casa tem internet rápida e diversos espaços em que é possível trabalhar e fazer reuniões online sem problemas. 

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“Além de ter ficado muito mais barato que em um hotel convencional, chegando aqui eu já me senti em casa e vi que não ficaria sozinha. Para quem viaja sem companhia é o ideal, a gente faz amizades rápido e já estou agora pensando em vários lugares que quero conhecer e sempre esbarrava no valor da hospedagem. Conhecendo hostel, muda tudo”, disse a viajante que estava em São Paulo para fazer um curso no Instituto Butatã. 

A proximidade com a Universidade de São Paulo (150 metros de um dos portões) foi um dos fatores que levou o hosteleiro Thiago Augusto Tonini a entrar no negócio. “O hostel ficou pronto pouco antes da pandemia e a antiga proprietária não quis contiunuar”, diz o empresário que, desde 2016, está a frente do Global Hostel, inaugurado em 2006 e considerado um dos mais antigos da capital ainda em funcionamento.

“O turismo de São Paulo é bastante voltado para os negócios, muita gente vem para estudos, concursos, trabalho e até mesmo competições esportivas. Festa não casa bem com isso, por isso meus hostels não têm esse foco e são mais tranquilos”, explica o hosteleiro que abriu uma lavanderia express, para atender hóspedes e também o público do bairro, e se já prepara uma operação de Fish and Chips, tradicional prato de comida rápida em Londres, que servirá quem está hospedado na casa e paulistanos, por meio dos aplicativos de delivery.

Os preços dos quartos compartilhados são a partir de R$ 70 e o privativo sai em média por R$ 250. Os valores sofrem alterações aos fins de semana e também datas especiais, por isso é sempre bom entrar em contato direto com o hostel pelas redes sociais para solicitar um orçamento para a data que deseja viajar. 

Diego Bonel
Diego Bonel
Jornalista especializado na cobertura do mercado de hostels no Brasil. Desde 2017, está mergulhado na vivência dos hostels pelo país. Adora conhecer as histórias dos viajantes pelo caminho e criou o Brasil Hostel News para compartilhar a cultura hosteleira entre os viajantes brasileiros.

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